Justiça manda mãe cumprir prisão domiciliar para amamentar bebê no DF

Presa acionou a Defensoria Pública para poder amamentar o filho de 4 meses. Direito é assegurado a mães que cometeram crimes sem violência

Justiça manda mãe cumprir prisão domiciliar para amamentar bebê no DF

Uma mãe que está presa em Goiás acusada de cometer um crime sem violência conseguiu na Justiça o direito de ficar em regime domiciliar no Distrito Federal.

A mulher acionou as defensorias públicas do Distrito Federal (DPDF) e de Goiás (DPE-GO) ressaltando que seu filho, de 4 meses, está em fase de amamentação. Durante a audiência, o menino inclusive mamou.

A decisão foi do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), mas, como a família da mulher mora no DF, a prisão domiciliar será cumprida na capital brasileira.

Há previsão no Código de Processo Penal de que mães com filhos menores de 12 anos tenham direito à prisão domiciliar quando o crime cometido não envolveu violência (como um furto, por exemplo). O benefício foi concedido assim que o pedido foi apresentado à Justiça.

O caso chegou à DPDF por meio do Núcleo de Assistência Jurídica das Audiências de Custódia e da Tutela Coletiva dos Presos Provisórios (NAJ Custódia).

Para o defensor público-geral substituto Fabrício Rodrigues, a atuação conjunta das instituições foi fundamental para que o processo tivesse um andamento célere.

“Essa comunicação rápida garante que os assistidos tenham uma prestação jurídica de excelência, de forma a assegurar o cumprimento de todos os direitos envolvidos em cada caso”, argumentou.

Proteção à maternidade e à infância

Para o defensor público da NAJ Custódia Alexandre Fernandes Silva, a celeridade do Judiciário respeitou o princípio da proteção à maternidade e à infância.

“Em menos de 12 horas, a mãe estava liberada para cumprir a cautelar em sua residência. Isso se deu graças à atuação interinstitucional das Defensorias Públicas”, argumentou.